Reportagem
A LENDA DO LOBISOMEM QUE CORRIA 7 ADROS

Bruxas, princesas, a mulher-cobra, cavaleiros ou almas perdidas são algumas das figuras que vigoram entre as inúmeras lendas que chegaram até nós e que, acreditamos, é preciso manter enquanto parte da identidade cultural do território tabuacense.

É nossa intenção divulgar, de várias formas, alguns dos contos e lendas do nosso concelho nesta página. Hoje contamos a lenda do LOBISOMEM QUE CORRIA 7 ADROS.

Conta-se que há muitos anos, havia por estas bandas um lobisomem, metade homem metade lobo. Em certas noites, assim que desse a meia-noite, ele corria sete adros, ou seja, sete igrejas, a uma velocidade tal que chegava a fazer lume com as patas.
Uma certa altura, um velho, conhecedor destas coisas da magia e da bruxaria, de fados e encantamentos, esperou-o numa encruzilhada e ao passar a criatura picou-a com uma aguilhada dos bois. No mesmo instante o rapaz ficou nu, caído no chão, e assim se quebrou o feitiço do lobisomem.
Ainda hoje se crê que se uma mulher tivesse seguidos 7 rapazes, esse sétimo seria lobisomem, se fossem sete raparigas seguidas, a sétima seria bruxa... e foi o que aconteceu com este rapaz, era o sétimo filho, por isso, estava destinado como a ser lobisomem.

Graças a esta lenda, ainda é comum ouvir-se aos mais antigos a expressão "estás como os lobisomens, a correr sete adros" quando se dirigem a uma pessoa com uma vida mais agitada.


Manuela Martins

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