
A Carta Arqueológica de Tabuaço foi
apresentada esta tarde, 29 de Outubro, na Biblioteca Municipal José Carlos Pinto dos Santos, num evento que
reuniu autarcas, investigadores, representantes de entidades oficiais e membros
da comunidade interessados no património histórico do concelho.
Da autoria do arqueólogo José Carlos de Jesus Santos,
o documento resulta de um investimento da Câmara Municipal de Tabuaço, constituindo um levantamento
exaustivo dos vestígios arqueológicos existentes no território. Esta publicação
representa um importante contributo para o estudo, preservação e valorização da herança cultural do concelho.
Na abertura da
sessão, a vice-presidente da Câmara
Municipal, Anabela Oliveira, sublinhou a relevância do projeto,
destacando-o como “um instrumento de
conhecimento e planeamento”, acrescentando que “a Carta Arqueológica é um testemunho do compromisso da Câmara Municipal
com a memória coletiva, com a investigação histórica e com a construção de um
futuro sustentado no respeito pelo passado.”
No âmbito deste
trabalho, foram registados 188 sítios,
monumentos e vestígios arqueológicos datados desde a Pré-História, além
de quatro de cronologia indeterminada.
O estudo inclui ainda as demarcações da
Universidade de Coimbra datadas dos primórdios da Idade Moderna, com a
identificação de 39 marcos,
totalizando 231 elementos patrimoniais.
Orlando Sousa,
Presidente da ICOMOS - Conselho
Internacional de Monumentos e Sítios - também presente nesta apresentação, referiu
que com este esforço da Câmara Municipal “Tabuaço dispõe agora de uma base de
conhecimento do passado que ajudará a projectar o desenvolvimento futuro do
território, de forma sustentável e informada”.
Já o investigador
Gustavo de Almeida, colaborador
ativo na elaboração do documento, reforçou a importância da investigação
arqueológica, afirmando que “ao conservar
e estudar os vestígios arqueológicos, não só nos enriquecemos com o
conhecimento das civilizações passadas, mas também damos um novo sentido à
evolução da nossa sociedade.”
Durante a
apresentação, o arqueólogo José Carlos
de Jesus Santos salientou que a Carta Arqueológica oferece à autarquia e
à comunidade um instrumento técnico de
grande valor, reunindo informação atualizada sobre o património
existente. No entanto, lembrou que “este
será sempre um trabalho em constante evolução, uma vez que a contínua
intervenção humana poderá revelar novos elementos no futuro”, relevando
ainda o papel da arqueologia como pilar
da identidade de Tabuaço e como ferramenta
essencial para um desenvolvimento sustentável e culturalmente consciente”.
Após o encerramento da sessão, a
Vice-Presidente do Município procedeu à oferta de um exemplar da Carta
Arqueológica de Tabuaço às entidades oficiais presentes, comunicando,
igualmente, que será atribuído um exemplar da referida publicação a cada Junta
de Freguesia do concelho.
A carta
arqueológica está disponível para aquisição na Loja Interativa de Turismo de
Tabuaço e no Museu do Imaginário Duriense.
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