

Os elementos estão a ser catalogados no âmbito da elaboração da Carta arqueológica levada a cabo pela Câmara Municipal, um importante documento na elaboração e valorização de candidaturas a programas de financiamento e a outras iniciativas que busquem promover a preservação e valorização do património arqueológico e cultural de uma região.
Foi identificado um hipotético menir
no sítio conhecido por Rebordinho, na freguesia de Chavães. Este monólito de
granito apresenta vestígios de afeiçoamento que lhe dão um aspeto fálico, tendo
4,80 m de comprimento visível e 1 m de largura.
De relembrar que dentro do fenómeno
megalítico, também foi encontrado um outro alto menir, com mais de 6 metros, na
vizinha freguesia de Longa, que é considerado o segundo maior exemplar do nosso
País, a seguir ao da Meada, no concelho de Castelo de Vide (distrito de Évora).
Estes megálitos estão entre os
monumentos mais peculiares da Pré-História (V-IV milénios a. C.). Segundo os
investigadores, as suas dimensões permitiam, quando eretos, a sua visibilidade
a grande distância. Seriam, por certo, símbolos de poder e de domínio
territorial. As formas claramente fálicas sugerem a existência de sociedades
com organização do tipo tribo-patrial, remetendo-nos para práticas ligadas com
a fertilidade da terra. Talvez estas pedras tivessem o objetivo de estimular as
forças da Natureza, tornando a terra produtiva.
Estes elementos estão a ser
catalogados no âmbito da elaboração da Carta arqueológica levada a cabo pelo
Município, documento que manifesta um papel crucial a vários níveis,
nomeadamente no desenvolvimento sustentável do território e, também, na
elaboração e valorização de candidaturas a programas de financiamento e a
outras iniciativas que busquem promover a preservação e valorização do património
arqueológico e cultural de uma região, uma vez que as candidaturas a fundos
europeus, nacionais ou regionais, frequentemente exigem dados precisos sobre o
estado de conservação, a importância histórica e as potencialidades turísticas
ou educativas dos sítios arqueológicos. A Carta Arqueológica oferece essas
informações de forma organizada e fundamentada.
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