A exposição é de João
pedro Marnoto e retracta o quotidiano das gentes do Douro e Trás-os-Montes, uma
exibição de ruralidade, devoção e persistência
A partir de 27 de Janeiro o Museu do Imaginário tem em
exposição o que se exprime como uma reflexão sobre a condição humana assente
sobre três vértices: a relação com a Terra, a Fé e o Progresso. A visão é de
João Pedro Marnoto que, através da fotografia, consegue captar a expressão
popular das gentes do Douro e Trás-os-Montes, vidas assentes numa terra que
lhes sustenta a fome e numa fé que lhes aponta os céus.
Na exposição, que permanece no espaço museológico do imaginário
até dia 12 de Abril, antevê-se ainda a realidade associada ao progresso e à contemporaneidade,
enquanto o alcatrão nas estradas e as barragens nos rios ganham terreno sobre a
natureza, o homem perdura numa coexistência árdua com o meio, honrando um
passado vincado pelo esforço e rigor tanto físico quanto espiritual, em
contraste com um presente onde parece dominar uma cultura tanto de formatação
como exaltação moral.
9 meses de inverno e 3 de inferno, a expressão que dá nome à
exposição, será, portanto, em última instância, uma reflexão sobre a condição
humana assente na a relação com a Terra, a Fé e o Progresso.
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